Os abortos espontâneos acontecem todos os dias, em todos os lugares. Mulheres que se tornam vítimas de uma perda profundamente inesperada, misteriosa e incompreendida. Os casos podem ir além da imaginação de quem já passou por essa dor.
Genericamente, podemos ter uma ideia a partir dos dados oficiais apontando que 20% das gravidezes são interrompidas espontaneamente. Se pensarmos na quantidade de gestantes e de nascimentos anualmente ( * 13.075.410 até a produção deste parágrafo), o cálculo na escala mundial pode ser assustador!
Genericamente, podemos ter uma ideia a partir dos dados oficiais apontando que 20% das gravidezes são interrompidas espontaneamente. Se pensarmos na quantidade de gestantes e de nascimentos anualmente ( * 13.075.410 até a produção deste parágrafo), o cálculo na escala mundial pode ser assustador!
Quem já passou por essa terrível experiência afirma que uma das coisas mais difíceis após a perda é lidar com a insensibilidade das pessoas. Por isso, muitas mulheres preferem manter o silêncio sobre o ocorrido; reservam-se e calam-se muitas vezes como forma de defesa contra os "conselhos" que machucam. Mas nem sempre o silêncio as protegem.
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Manter esse silêncio, às vezes, é alimentar ainda mais a insensibilidade social.
É não mostrar para sociedade como lidar com isso.
E dar-lhe a sensação ilusória de que um aborto espontâneo é simples de ser superado (comparado à perda de um filho nascido).
É não mostrar para sociedade como lidar com isso.
E dar-lhe a sensação ilusória de que um aborto espontâneo é simples de ser superado (comparado à perda de um filho nascido).
Nós que passamos por essa dor (e há quem esteja passando agora), queremos mesmo alimentar essas ideias nas pessoas? Será que esse silêncio ajuda de verdade você e outras mulheres? Porque a dor de uma mulher que sofreu um aborto espontâneo é a dor de todas que passaram por isso! A consideração à dor dessas mães tem de ser reconhecida; mas se nós não a reconhecermos frente à sociedade, como os outros reconhecerão?
Então, fica aqui a reflexão e o convite a quem se sensibiliza com essa causa. A questão da perda gestacional não podemos mudar, mas podemos mudar as ações e reações em relação a esse fato. (Afinal, somos parte dessa sociedade.) Portanto, Fale! Sim, surgindo a oportunidade, fale sobre sua(s) experiência(s), mesmo que pareça que ninguém te ouve. Se preferir, compartilhe sua história, depoimento ou mensagem na nossa página do facebook. Deixemos de ser apenas vítimas e passemos a ajudar outras pessoas que precisam de ajuda. Porque palavras são sementes e, quando plantadas, produzem muitos frutos.
Elaine Rodrigues
*Dados estatísticos: http://www.worldometers.info/pt/
Jeane, lamentamos muito sua perda. Sabemos o que está passando, é algo que não há palavras suficiente para expressar... Que Deus te conforte e te ajude a passar por este momento tão difícil.
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