quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Recuperação


Um aborto geralmente não coloca em risco a saúde da mulher, a menos que seja incompleto, ou seja, sem a expulsão total do feto. Caso isso ocorra e o problema não seja diagnosticado e tratado, o sangramento pode continuar, causando uma infecção no tecido do útero. Uma curetagem mal feita também pode causar infecção uterina. É fundamental procurar bons profissionais para este tipo de procedimento, porque essa infecção pode levar à esterilidade. Além disso, se o sangramento for muito intenso e se prolongar por muitos dias, a mulher corre o risco de ficar anêmica. A recuperação física leva, normalmente, de quatro a seis semanas. O lado emocional também precisa de um período de recuperação. É importante esperar até conseguir lidar emocionalmente com a perda. Para muitas mulheres, a recuperação emocional pode levar muito mais tempo do que a recuperação física. 
- Dra. Martha Marsillac – GINECOLOGISTA

Fonte: http://www.bolsademulher.com/

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Um assunto incompreendido... (leitora do blog)



   "Uma perda sempre será uma perda, e o aborto espontâneo é exatamente isso. Infelizmente, em uma sociedade que ainda debate se um embrião ou feto se classifica como uma vida humana, a mãe pode não achar validade em sofrer o luto. Muitas mulheres têm passado por esta amarga e dolorosa experiência e muito amavam o embrião em desenvolvimento como uma criança, mesmo que só por um curto período de tempo. E deveria ser diferente? Definitivamente não.

  A Bíblia diz que Deus valida uma criança como uma pessoa quando ela ainda está no ventre: Jeremias 1:5 "Antes que te formasse no ventre te conheci”. Com certeza a mãe cujo ventre carrega a vida que Deus já conhece e forma desenvolve uma compreensão natural e um amor pela criança desde o primeiro momento que recebe o tão anelado POSITIVO. 

  Quem passou pelo drama, pela dor e pelo terror do aborto espontâneo conhece-o bem a fundo, pois o que resta é uma saudade e as lembranças de um sonho materno que não se realizou. Aqueles pensamentos de mãe: o primeiro contato, a amamentação, os primeiros sorrisos, os primeiros passos, as primeiras palavras... A medicina não tem todas as respostas e nada que seja dito a tais mulheres será suficiente para minimizar a dor e o vazio de não ter mais no ventre o seu tesouro.

 É um assunto pouco compreendido por quem não vivenciou, e alguns ainda não entenderam que a dor é real e que a mulher tem todo o direito de sentir e que um aborto espontâneo deve ser visto como a perda de um ente querido. Afinal, os dias que se seguem a este triste episódio são doloridos, e a mãe que já dormia e acordava amando aquele ser, falando, acariciando a barriga, terá de aceitar a dura realidade: não o terá nos braços! 

  Por isso, com conhecimento de causa, sabendo do desafio que é para nós falarmos deste assunto sem que a voz seja substituída pelas lágrimas, expresso através desta mensagem um sentimento que é o de muitas mulheres que sofreram tão grande lamento."
Por Claudyanna Vyeira